Quando falamos sobre o processo de criação em design é comum as pessoas entenderem que envolve apenas a etapa de se sentar em frente ao computador e desenvolver uma peça.
Entretanto, como em qualquer processo de criação, antes da entrega, existem etapas para melhor entendimento sobre o cliente e sua demanda com reuniões e pesquisas. Dessa forma, o produto final será personalizado e adequado à respectiva atmosfera.
Durante um processo de criação eficiente, um designer analisa, desde as medidas detalhadas de uma peça até o uso correto das tipografias, cores e elementos gerais. Ele pode seguir ou não as tendências estéticas. Como também o equilÃbrio desses padrões norteadores à realidade dos clientes que atuam em campos diferentes. Além disso, devem também ter suas demandas entendidas como diferentes.
Um advogado não se comunica ou se parece com um médico em suas redes sociais. As situações devem ser respeitadas e, por isso, é comum se ouvir falar em escritórios de design, agências de publicidade ou em setores de comunicação de uma empresa. A fase de execução é apenas a ponta do iceberg. O que está submerso e veio antes é o que dá embasamento à criação.
Como a identidade visual é aproveitada no processo de criação
Se você consegue olhar para uma peça e rapidamente identificar a qual empresa pertence, mesmo sem uma identificação evidente, pode confiar que a identidade visual do cliente está bem definida. A identidade visual é mais que apenas um logotipo. É um conjunto de elementos visuais e estéticos que transcrevem graficamente a essência de uma entidade, produto, serviço e afins.
No caso de redes sociais, por exemplo, a elaboração de postagens deve considerar a identidade visual do cliente, as cores usadas, a tipografia principal e de apoio, a essência da empresa e dos temas propostos. É importante destacar ainda que, identidade visual não é a mesma coisa que template.
Um template é um padrão visual pré-definido para momentos especÃficos nas redes sociais, como postagens abordando uma sequência de sub-tópicos sobre um mesmo tema. Obviamente, considerará o tema em questão, mas, também, devem respeitar as regras vigentes da identidade visual. Geralmente, são estabelecidas e podem ser consultadas no Manual de Identidade Visual.
O conhecimento prévio sobre a identidade visual de uma instituição e saber as liberdades e impedimentos para usá-la de maneira adequada é muito importante no processo criativo. Deve haver sempre uma padronização na expressão gráfica dos materiais. Evitando gafes, ruÃdos e até incômodos visuais dentro de uma grade de produção.
Importância de um briefing bem feito
Mesmo com um foco maior na produção/operação dos materiais, nem sempre, os profissionais envolvidos em um processo de criação conseguem comparecer à reuniões com clientes. Em agências de publicidade e escritórios de design essa tarefa, geralmente, fica a cargo do Atendimento de Contas, juntamente com o Diretor de Criação. E, a partir desse encontro, dará as diretrizes para a produção.
Para auxiliá-los a passarem a real demanda para a equipe, esses profissionais contam com o documento elaborado na reunião de briefing. Para que seja possÃvel entender muitos aspectos do status do cliente: o problema comunicacional em questão e o estilo do cliente, entre outros.
Dependendo do tipo de contato entre atendimento e cliente, podem ser feitas perguntas menos direcionadas para produto e serviços e mais focadas em caracterÃsticas da empresa e sua essência. Como se fosse um bate-papo entre duas pessoas que buscam se conhecer melhor.
O documento com as informações permite aos designers envolvidos no processo terem acesso a um resumo dos principais pontos sobre aquele cliente e como devem executar o projeto. A importância dessa ponte feita pelo uso de um briefing completo pode ser verificada na satisfação, tanto do cliente quanto da equipe.
É possÃvel encontrar vários modelos de briefing na internet facilitadores dessa etapa para que o atendimento apenas preencha o formulário, em uma espécie de entrevista com o cliente.
CaracterÃsticas para um layout ser considerado atrativo
O primeiro ponto a ser considerado é que um layout deve ser mais que atrativo, precisa ser adequado. Se uma peça é esteticamente agradável, mas é esquecÃvel ou possui ruÃdos na comunicação, não cumpriu sua razão de existir.
O processo de criação deve considerar o comportamento do usuário e como será a sua interação com a peça. Deve-se pensar sobre os padrões de leitura, quem é a empresa que está comunicando e com quem está falando, que tipografias serão mais adequadas para aquele público, cores, jogos de luz e sombra…
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O que compõe o processo criativo?
Resumidamente, o processo criativo é formado pelas etapas:
– Chegada do cliente a agência
– Reunião e coleta de informações de briefing
– Alinhamentos internos e brainstorm
– Pesquisa
– Execução do material
– Produção (gráfica) do material
– Implementação
– Coleta de resultados (em ambientes digitais)
No caso da preparação de um designer para a chegada das demandas, o processo pode ser variável, pois depende do profissional. Na elaboração de uma peça são considerados alguns padrões especÃficos. Como leis de ergonomia da informação e regras de harmonização visual, mas muito da bagagem pessoal do profissional também é aplicado. Além, é claro, da adequação ao projeto especÃfico. Por mais que sejam feitos diversos flyers para diferentes clientes, para eles, a entrega é única e, por isso, deve ser respeitada a personalização.
É a humanização que diferencia o trabalho de um profissional de uma plataforma de criação em massa ou de templates pré-produzidos, por exemplo.
O processo requer muita pesquisa e execução. A criação em design deve ter um grande embasamento, indo muito além da execução automatizada pura e simples.
Agora que você já conhece as etapas de um processo de criação, mãos à obra!
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