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“Bonjour, Hi”

*Por Roberta Araújo

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Minha viagem mais recente foi à Montréal, em Québec – a província canadense de colonização francesa; uma metrópole moderna e de grande diversidade cultural, que recebe pessoas do mundo todo em função do forte turismo e imigração. Apesar da infinidade de línguas que se pode encontrar nessa região, o francês é a língua oficial de suas escolas e empresas, mas a metrópole adotou também o inglês no seu cotidiano. Por isso, curiosamente, tudo tem uma versão em francês e em inglês: placas de sinalização, embalagens de produtos, cardápios etc. No comércio, você é sempre abordado com um “Bonjour, Hi!”, e o diálogo será estabelecido na língua em que o freguês responder. Não raro, as conversas entre os conterrâneos acontecem numa mistura louca entre essas duas línguas. A cidade é extremamente organizada e possui um sistema de transporte bastante eficaz composto por ônibus, quatro linhas de metrô e seis linhas de trem que te levam a todos os lugares.

Montréal tem programações para todos os gostos e idades. No verão, os inúmeros festivais e as diversas atividades ao ar livre fazem a cidade fervilhar e permitem que seus moradores e turistas aproveitem ao máximo os poucos meses de calor. É importante destacar que o verão canadense não perde em nada para o brasileiro. Passei 20 dias de calor intenso, usando short e camiseta e abusando do protetor solar fator 30. A temperatura média girava em torno de 35ºC com sensação térmica de até 39ºC. Só para fazer uma comparação, Montréal passa cinco meses debaixo de neve e frio intenso durante o inverno e início de primavera, quando as temperaturas chegam a até -35ºC.

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Para os mochileiros de plantão, o roteiro é bem variado. Quem gosta de parques vai amar essa viagem, porque existem vários em Montréal e Região Metropolitana, bem arborizados, com boa estrutura de banheiros, lanchonetes, sinalização, mesas para piquenique e visitas inusitadas de animais silvestres. Estive no Parc Mont Royal, que possui um mirante de tirar o fôlego, de onde é possível admirar do alto a cidade. A imensidão do Parc National du Mont Saint-Bruno permite fazer caminhadas em meio à natureza, colheitas de maçãs e observação da fauna. O Parc Jean Drapeau merece uma descrição à parte porque está situado em um conjunto de ilhas onde foi construído um complexo turístico muito interessante. Além do próprio parque, encontramos também a Biosphère (esse globo que deixa qualquer foto perfeita!), um cassino, um complexo aquático destinado ao público, o circuito de fórmula 1 “Gilles Villeneuve” e o parque de diversões “La Ronde”. Em outro cantinho da cidade, visitei um conjunto de passeios turísticos que incluem:

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1) Biodôme, onde eles reproduzem os ecossistemas das Américas com fauna, flora e condições climáticas similares a cada um deles;

2) Jardim botânico e o Insetário, com suas centenas de espécies de plantas, seus belos jardins temáticos e um acervo gigantesco de insetos;

3) Planetário, com apresentações surreais em telões no teto do teatro sobre o universo;

4) A torre do Parque Olímpico, conhecida por ser a maior torre inclinada do mundo e que proporciona ao visitante uma maravilhosa vista panorâmica da cidade. O parque, construído para as Olimpíadas de 1976, hoje oferece aos moradores várias atividades físicas indoor e fica ao lado do estádio de futebol do time da cidade chamado Impact.

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Existem outros programas imperdíveis como o passeio pela “Vieux Montréal”, parte antiga da cidade que abrange, entre outras coisas, o porto velho, o mercado Bonsecours e a basílica de Notre-Dame. É preciso conhecer também os bairros italiano (Petite Italie) e chinês (Chinatown) e a Place des Arts, onde se concentram os festivais de música e as diversas manifestações artísticas. Por fim, quem for à Montréal não deve deixar de ir à cidade subterrânea que abrange um imenso complexo de shoppings interligados.

Quem puder alugar um carro para ir um pouquinho mais longe, vale a pena conhecer a histórica cidade de Québec. Para chegar até lá, pode-se pegar uma charmosa rodovia chamada “Chemin du Roy”, que é como se fosse a nossa Estrada Real. Outra cidade imperdível é a capital do Canadá, Ottawa, onde se pode ver a troca de guarda real e fazer uma visita guiada no parlamento. Ambas cidades ficam a cerca de 2 horas de carro de Montréal. Mas a descrição desses passeios vai ficar para um próximo post!

Comidinhas

No verão todos os restaurantes instalam sacadinhas externas, dando um visual muito charmoso à cidade. Parada obrigatória em Montréal: Joliette Chocolat. Uma chocolateria que oferece bolos, tortas, cafés, bombons e crepes variados. (Ah, que falta me faz um desses aqui no Brasil!) E para quem gosta da famosa cafeteria Starbucks, sugiro experimentar o Tim Hortons, que é muito mais gostoso, mais variado e mais barato! Algumas comidas típicas que valem a pena destacar: A Poutine é uma porção de batatas fritas, queijo em grãos e bastante molho barbecue! Existem restaurantes especializados nesse prato bem tradicional que oferecem outras opções com diversos tipos de carne e tempero. O Érable (em francês) ou Maple (em inglês) é outro orgulho gastronômico da região. Trata-se de uma seiva doce fisicamente parecida com mel, porém mais líquida. Com esse doce, os Québécois comem de tudo: feijão, salsicha, presunto, waffle, panquecas etc. No inverno eles jogam o Érable quente no gelo, daí é só enrolar no palito e comer no estilo pirulito. Nhamy!

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MACEIÓ, UMA CIDADE ENCANTADORA

*Por Gabriela Duarte

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Um azul exuberante, assim é o mar de Maceió, que encanta com suas incríveis piscinas naturais, formadas pelos recifes de corais em toda sua orla. As belezas naturais do Nordeste são indiscutíveis, e Maceió é uma das cidades que reúne muitas dessas belezas vivazes. A cidade tem diversas praias que agradam diferentes grupos, desde quem procura lugares sossegados até quem quer mais agitação.

Quem busca locais mais calmos deve ir em direção ao lado norte da cidade. As praias Pratagi e Ipioca são extensas e pouco movimentadas,exceto a região mais central de Ipioca. As de Paripueira e Costa Brava são famosas por suas belas piscinas naturais, que podem ser alcançadas por embarcações. Nelas podem ser encontrados vários peixinhos coloridos que encantam os turistas.

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Conheci Maceió em fevereiro deste ano em uma viagem de família, realmente me encantei com as águas cristalinas e as belas piscinas naturais. Ficamos hospedados noResort Pratagy, cercado pela natureza e muito bom para descansar e se divertir com a família (principalmente depois de algumas sugestões para melhorar os serviços do local). O resort fica na areia da praia de Pratagy, que é mais calma na parte da manhã, mas não chega a formar piscinas naturais.

No tempo que passamos na cidade, fizemos passeios turísticos pelas famosas praias do Gunga, do Francês e da Barra de São Miguel. Essas ficam localizadas no Litoral Sul, a cerca de 40 kmdo centro de Maceió. A praia da Barra de São Miguel é protegida por uma maravilhosa barreira de corais e vira uma piscina no período de maré baixa. É incrível ver como aqueles corais “fecham” uma praia e fazem com que ela se torne uma piscina de água salgada. A do Francês atende um público bem eclético, que varia desde surfistas até família com crianças. A bela Praia do Gunga é considerada um dos cartões postais do estado de Alagoas, é uma das praias mais bonitas do Brasil. Ela chama a atenção por seu pontal de areia branca coberto por coqueiros. Nela também podemos encontrar piscinas naturais e realizar passeio de buggy e quadriciclo até as falésias, sem falar em como as águas são “quentinhas”.

O passeio até as piscinas naturais da praia de Paripueira foi um dos meus prediletos. Entramos em uma jangada e fomos até os recifes de corais que ficam no “meio” do mar. É incrível poder descer do barco em meio àquela imensidão de água e estar no raso. Os peixinhos coloridos que vêm comerna mão dos turistas são a sensação do passeio. Esse é um lugar realmente inesquecível.

A viagem foi incrível, não tenho palavras para descrever como é bom passar dias maravilhosos em um lugar deslumbrante e ao lado de pessoas sensacionais! Maceió enfeita ainda mais as belas orlas do Nordeste e tem a capacidade de encantar quem o conhece. Eu indico esse paraíso!

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CUMURUXATIBA: PARAÍSO BAIANO

*Por Aline Viana

Cumuru_portalzoomDepois de sete anos sem férias, eis que chega o grande momento. O último dia útil de 2013 veio antes de dezembro terminar e o próximo só viria em meados de janeiro de 2014. O que fazer em 20 sonhados dias sem a necessidade de acordar cedo e cumprir uma agenda de compromissos profissionais? Viajar, claro! Mas após uma greve de férias, a melhor pedida seria sair do país? Não. Tudo que eu queria e precisava era ultrapassar os limites do estado de Minas Gerais e seguir ao encontro daquele que considero a mais impressionante maravilha da Terra: o mar.

Dezembro, época de chuvas torrenciais. Onde viver dias de luz, com festa de sol e barquinhos a deslizar no macio azul do mar? Bahia, claro! Longe dos points turísticos, que certamente estariam abarrotados de gente, a escolhida foi Cumuruxatiba, um vilarejo com pouco mais de 4 mil habitantes, que fica no Litoral Sul da Bahia, entre Prado e Porto Seguro.

A companhia não podia ter sido melhor. Fomos em dupla. A viagem foi feita por terra, de carro, dividindo a direção de tempos em tempos. A rota traçada no Google indicava a distância aproximada a ser percorrida e o tempo estimado do percurso a partir de Belo Horizonte: 821 km em 11 horas e 45 minutos.

Saímos nas primeiras horas da manhã de um dia branco, feito domingo. Passamos por João Monlevade, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Governador Valadares, Teófilo Otoni. Pausa para o almoço. Seguimos por Nanuque. O calor já avisava que Minas Gerais ficara para trás. Cruzamos Teixeira de Freitas, Prado e, enfim, chegamos a Cumuru (como passei a chamar a cidade depois de me apaixonar por ela).

Um paraíso de belezas naturais, cultura local, raízes e costumes. Lugar de belas praias como Areia Preta, Rio do Peixe Grande, Rio do Peixe Pequeno, Moreira, Barra do Cahy, Dois Irmãos, Imbassauba e Japara; cenários emoldurados por falésias, coqueirais e amendoeiras entrecortadas por riozinhos. Praias praticamente desertas durante o ano todo, garantindo o sossego e a tranquilidade. O que eu buscava. Culinária excelente e diversificada. Roda de capoeira, grupos de percussão e apresentações artísticas diversas na praça. Influência indígena que dá cara e forma à vila de pescadores. Cumuruxatiba se diferencia das cidades vizinhas, como Prado, Caravelas e Alcobaça, pela rusticidade.

Ao longo de dias felizes e iluminados, ora pelo sol, ora pelas estrelas, o carro que nos levou até lá ficou estacionado o tempo todo. Férias do volante. Liberdade para o corpo. O melhor era caminhar na maré baixa ou percorrer as estradas de terra para explorar Cumuru.

Foram dias sem celular, sem relógio, sem maquiagem (inclusive sem o meu inseparável batom vermelho), sem grandes produções fashions, sem fazer as unhas, com os pés descalços, sem agitações noturnas; despertando com a luz natural do dia, caminhando quilômetros pela areia, escalando falésias em busca de paraísos reais…

De volta, fiquei com a cabeça tranquila, sabendo ainda mais quem eu sou e o que eu quero, livre de olheiras e com um bronzeado absurdamente lindo, a pele colorida pela deliciosa mistura de sol e mar.

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CONHECENDO A TAILÂNDIA

*Por Paula Vasconcelos

Tailandia_9015Chegar à Tailândia foi uma aventura. Partimos de Langkawi, uma ilha na Malásia, bem cedo. O trajeto não era tão grande, então achei que seria uma viagem tranquila, mas não foi. Acho que posso comparar a bagunça desta parte da Ásia com o Brasil. É muito desorganizado e nem todos estão preparados para atender os turistas, pois não sabem falar inglês (e, ainda assim, acredito que lá tenham mais pessoas que falam inglês que aqui). Mas, não vou contar os detalhes dessa aventura porque seria uma longa história. Porém, posso garantir que tivemos uma sorte enorme de conseguir chegar até Krabi (já na Tailândia) para então pegarmos um longtail (barcos típicos de lá) para chegar a Railay Beach, nosso destino final.

Quando chegamos já devia ser mais de meia noite. Estávamos exaustos, pois tínhamos passado o dia todo viajando. Fizemos o check-in no hotel e fomos para o quarto. O Pedro, meu namorado, quis ir logo para a praia, que ficava bem à frente do Resort, para dar um mergulho. Eu, exausta, fui tomar um banho para dormir. Ele voltou da praia em êxtase porque tinha visto os plânctons brilhando na água, igual no filme “A Praia”, com o Leonardo DiCaprio, que ainda é referência quando se fala em Tailândia.

No dia seguinte, acordamos e ficamos encantados com a ilha e com o resort. Tudo lindo demais. A ilha era pequena. Tinham apenas hotéis, restaurantes e um comércio pequeno que não vale a pena para comprar suvenires porque tem o preço salgado, como tudo na ilha. Do outro lado tinham cavernas a serem desbravadas e um visual lindo também, mas o lado da ilha em que estávamos era mais bonito. No caminho encontramos vários macacos. Eles já estavam acostumados com o trânsito de turistas por ali e ficavam esperando para ganhar comida.

Programamos um passeio de barco pelos pontos turísticos próximos dali. Maya Bay, Bamboo Island e Phi Phi Island, passando pela Chicken Island. O passeio não é barato e, infelizmente, mesmo que estivéssemos fora da temporada de turistas, os passeios são sempre muito cheios. E, quando desembarcamos nas ilhas para tirar fotos e nadar, elas também estavam lotadas. Mas ainda assim é um passeio maravilhoso e que vale muito a pena. É escandalizante a beleza natural do lugar. Parece um sonho mesmo. As fotos mostram um pouco, mas não chegam perto de tamanha beleza.

Grande parte dos turistas que querem conhecer essa região da Tailândia acaba ficando em Pucket, um ponto mais conhecido. Mas Railay Beach é mais bonita, tranquila, limpa e menos tumultuada. O resort que ficamos é maravilhoso. Eu recomendo. Chama Sand Sea Resort. Ele é super bem localizado. Aos que desejam visitar o local, tenho duas dicas. Primeira, prepare o seu psicológico para uma comida de péssima qualidade. Durante nossa estadia ficamos à base de pizza e massa, que eram as únicas coisas boas de comer. Não se arrisquem nas comidas típicas, porque comida tailandesa feita na Tailândia é bem diferente do que estamos acostumados. E, segunda, deixe tudo esquematizado antes de viajar para não passar por problemas, porque como já disse no início do texto, são poucos os que falam inglês para te ajudar. E, no mais, aproveite! Com certeza foi o lugar mais lindo que já fui até hoje.

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PANTANAL

*Por Isabela Lopes

Desde o ano 2000, o Pantanal foi reconhecido pela UNESCO como patrimônio mundial. O título confere à região o status de área única ao redor do mundo, pelo seu valor universal e importância natural e cultural, que precisa ser preservada para o bem-estar da humanidade. O reconhecimento é mais que merecido, pois o Pantanal é de fato majestoso e encantador. São paisagens que enchem os olhos, nos fazem sentir como criança e ter a certeza de que existe um grande criador nesse mundo.

Conheci o Pantanal em 2014, durante visita ao Mato Grosso. A imagem que tinha na minha cabeça sobre a região era baseada nas cenas da novela Pantanal, veiculada em 1990, pela extinta TV Manchete. Na época, com cinco anos, o que me prendia a atenção não era o enredo da trama, mas sim as belas paisagens, a imponência da onça e a revoada de pássaros que deixava o pôr do sol sempre ainda mais bonito.

Cheguei à Fazenda San Francisco com alma de desbravadora, pois lá estava eu, frente a frente com a morada da onça, da sucuri, do jacaré e de tantos outros animais que sempre vi apenas pela televisão. A recepção na fazenda não poderia ser mais perfeita: dezenas de araras-canindés pousadas sobre a porteira do local faziam brilhar os olhos de todos os visitantes. Sou fã das araras. Me encanto pelas cores vibrantes e o porte delas. Vê-las circulando em seu habitat, livres de grades, me deixou muito feliz.

Após a ótima recepção seguimos para o safari. O passeio acontece a bordo da carroceira de um caminhão adaptado com assentos, no qual percorremos estradas entre as reservas de matas nativas do Pantanal e os campos de plantação de arroz. Uma das primeiras figuras que deu o ar da graça foi o jacaré. De papo pro ar, cabeça erguida e patas relaxadas, lá estava ele se aquecendo no sol. Minutos depois mais um jacaré, e outro, e outro, e dezenas deles. Jacaré no Pantanal é igual capivara na Lagoa da Pampulha: tem pra todo lado. Além de muitos jacarés, os pássaros também são muitos. Cada hora uma espécie diferente, uma cor mais vistosa, grandes, pequenos, sozinhos, em grupos. Eles enfeitavam as árvores e o céu. No chão, muitos tuiuiús, ave que é símbolo do Pantanal.

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Depois de viajar por terra, foi a hora de navegar pelas águas pantaneiras. Seguimos no passeio de chalana pelo Corixo São Domingos, que é um braço do rio Miranda. As águas eram escuras, e a mata ao redor bem densa. Muitos pássaros e alguns macacos vigiavam nossa passagem se movendo pelas árvores. Dezenas de olhos também acompanhavam a chalana. Eram novamente dos jacarés, que dessa vez passavam a poucos metros de distância. Em um determinado ponto do Corixo, a chalana tem os motores desligados para que os turistas façam a pesca esportiva de piranhas. Infelizmente não pesquei nem um peixinho. Mas valeu ver outras pessoas fisgando o peixe e depois oferecendo para o jacaré. E eles, desinibidos, comiam as piranhas no ar.

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Conhecer de perto o Pantanal vale muito a pena. O encantamento provocado e a sensação de que somos muito pequenos diante de tantas maravilhas nos faz refletir sobre a importância do respeito à natureza. É verdade que a dona da casa não apareceu para nos receber. Mas acho mesmo que foi melhor assim. Da onça, só vi a marca da pata em um pedaço de terra. Desejo que o Pantanal seja respeitado, preservado e continue encantando a humanidade!

 

 

 

 

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A CHARMOSA CIDADE DE TIRADENTES

*Por Jéssica Andrade

Considerada como uma das charmosas cidades de Minas Gerais, Tiradentes permite encontrar história, gastronomia, artesanato e cultura em um só lugar. O distrito é uma oportunidade de viajar no tempo sem precisar percorrer grandes distâncias, já que fica a 135 km de Belo Horizonte. Para os amantes de história, é impossível não se encantar com a infraestrutura criada no século XVIII e tão bem preservada.

Ao percorrer as ruas de Tiradentes, os visitantes têm acesso a diversas atrações, dos bares e restaurantes com a deliciosa culinária mineira feita e servida no fogão de lenha a museus e igrejas históricas. Entretanto, o passeio só fica completo com a visita à Igreja Matriz Santo Antônio. A matriz é uma das igrejas mais ricas no quesito ornamentação em Minas construída em 1710, por isso, requer tempo para admirar os detalhes. O assoalho de madeira foi elaborado com óleo bálsamo, sendo possível ver campas numeradas de 1 a 116. Não se espante, nessas sepulturas estão enterradas pessoas de todas as classes sociais, desde os escravos aos nobres.

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Uma dica para os alérgicos de plantão como eu é não se desgrudar do bom e velho amigo antialérgico. Como toda a estrutura da cidade é antiga, o cheiro de mofo é constante.

No fim da visita, todos saem com a clássica foto da sacada com a vista deslumbrante das montanhas de Minas, já que a igreja foi construída sobre uma colina. Bem próximo à matriz – aliás, tudo em Tiradentes é bem próximo, o que permite realizar todo o passeio a pé – está o museu do Padre Toledo. Sim, trata-se do padre que ficou conhecido por ser um dos inconfidentes, ou seja, para quem é um amante das histórias da Inconfidência Mineira é uma visita imperdível. O vigário era considerado um homem culto e liberal e teve bens considerados requintados para a época. O museu conta justamente essa história, apresentando objetos e móveis restaurados que fazem parte dos integrantes da Inconfidência Mineira.

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O Chafariz de São José mostra o outro lado da história mineira. O local, datado em 1749, se destaca por apresentar a faixada de uma igreja e com a imagem de São José de Botas, padroeiro dos bandeirantes e desbravadores, e uma cruz esculpida em pedra e o brasão com as armas de Portugal. A água era responsável por abastecer os habitantes, animais e visitantes da cidade. O local também era considerado o ponto de encontro das mulheres escravas para lavarem as roupas dos seus sinhôs.

Seguindo o passeio, o visitante não pode deixar de ir a outros pontos imperdíveis. O passeio na Maria Fumaça, entre Tiradentes e São João del Rei, encanta todas as idades. A viagem tem duração de cerca de 30 minutos e se torna mágica, não só pelo transporte, já que a estação foi criada em 1881, mas pelas paisagens da nossa bela Minas Gerais. As lojas de artesanato e gastronomia são outros pontos de parada obrigatória. É quase impossível deixar de comprar alguma lembrança, como as namoradeiras, panos de pratos bordados, doce de leite e o rocambole.

Tiradentes à noite também é um encanto à parte. A iluminação torna a cidade ainda mais bucólica, com um clima ideal para se sentar em um restaurante e olhar as ruas e as casas maravilhosas, viajando no tempo. Até mesmo se sentar na praça torna-se diferente com esse cenário. Ao visitar a cidade, é importante ter tempo e admirar cada detalhe para realizar uma viagem inesquecível. Tiradentes é um daqueles destinos que você, de vez em quando, fecha os olhos e sente o cheiro, as cores e a sensação de paz que a cidade transmite.

 

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O PRIMEIRO PÉ PELO MUNDO

*Por Maria Luiza Gondim

Considero que minha viagem para o Uruguai foi algo quase mágico. Foi meu primeiro contato com outro país, os lugares são belíssimos e as pessoas extremamente acolhedoras.

Mas vamos ao que interessa! Chegamos ao aeroporto de Montevidéu que é algo bem tranquilo e bem sinalizado, o que te ajudará muito se você não compreende o idioma local.

Eu e minhas amigas decidimos alugar um carro para explorar o país e, na hora em que desembarcamos, a van da locadora já esperava pela gente! Mas fica um aviso: as ruas podem ser um pouco confusas, porém, a experiência vale a pena! Montevidéu já possui um charme único que foi acentuado pelo inverno, época em que visitamos. A cidade é muito arborizada e assim o cenário fica irresistível.

Nossa primeira parada, que é mais que recomendada para um almoço, é o Mercado del Puerto (http://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g294323-d314229-Reviews-Mercado_del_Puerto-Montevideo_Montevideo_Department.html),um espaço agradabilíssimo onde é possível experimentar o que todo brasileiro adora: a parrilla! A carne é realmente um diferencial, apesar de que para muitos pode parecer sem tempero. Lembre-se que lá fora o tempero fica a gosto do cliente!

Nosso passo seguinte foi explorar a cidade a pé pelo centro e parar em um café Havana para nos aquecermos! A franquia também é forte no país, mas não achei algo diferenciado. À noite, demos uma passadinha no Teatro Solís, uma referência cultural no mundo e que vale a visita! Você pode saber tudo sobre o passeio e a programação no http://www.teatrosolis.org.uy/index_1.html. De tempos em tempos, há apresentações em frente ao local de dança e teatro. Infelizmente, não conseguimos pegar nenhuma durante nossa estadia. =(

No outro dia, passamos para o nosso segundo destino e o mais desejados por muitas pessoas: Punta del Este. O local parece um cenário de filme americano de verão. Casas muito limpas e brancas, lojas de marcas e alguns cassinos para completar o ambiente. É uma cidade de veraneio dos uruguaios, cheia de atrações divertidas! Não deixe de dar uma passada ao porto para alimentar os leões-marinhos. Eles chegam a assustar pelo tamanho, mas é uma experiência única.

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Em questão de gastronomia, o único lugar que valeu realmente a pena foi o Caracolles (http://www.tripadvisor.es/Restaurant_Review-g294066-d1085291-Reviews-Los_caracoles-Punta_del_Este_Maldonado_Department.html). Uma boa comida e um preço honesto.

Visitamos também o Cassino Conrad, que fica no hotel de mesmo nome. Não sei se minha expectativa estava alta, mas não gostei de lá. Achei pequeno, sem muitas opções de jogos e ainda só aceitava dólares. Por isso, se te interessar, esteja preparado. Nessa região também fica a Casa Pueblo, a antiga morada do artista uruguaio Carlos Páez Vilaró, que agora abriga uma galeria de arte e um museu. Seu principal atrativo é assistir ao pôr do sol ao mesmo tempo em que se ouve um poema em homenagem ao acontecimento escrito pelo artista. De arrepiar!

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Chegamos ao último e mais surpreendente destino: a cidade de Colonia del Sacramento. O local é pequeno, cercado por construções de pedra e também é à beira-mar, um local bem romântico, com poucos prédios e um ambiente bem aconchegante. Lá também vale a pena tirar alguns minutos para ficar observando o pôr do sol. Existem também feiras de artesanatos onde é possível comprar diversos souvenirs e o doce de leite uruguaio, que é realmente diferenciado.

Quem curte uma coisa mais animada, pode optar por diversas baladas que são lotadas de estrangeiros. Mas, um aviso! A movimentação começa em torno de 2h da manhã, por isso é preciso ter muita animação. Há, também, uma gama de restaurantes com jantar à luz de velas e música ambiente. Uma ótima opção para fechar a viagem!

 

 

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LAPINHA DA SERRA – MG

*Por Roberta Araujo

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Lapinha da Serra é um vilarejo que fica no distrito de Santana do Riacho, na região da Serra do Cipó. A distância de Belo Horizonte é de 132 quilômetros, sendo 40 quilômetros de estrada de terra. É um lugar para quem gosta de curtir a natureza, reunir os amigos em um acampamento e renovar as energias nas águas das cachoeiras. A estrada é boa, e o trecho de terra que poderia dar um pouco de trabalho – uma subida íngreme – foi calçada justamente para facilitar o acesso dos turistas. A área é protegida por duas unidades de conservação federais, o Parque Nacional da Serra do Cipó e a Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira.

 

Lapinha é pequeno, bem humilde e começou a ser povoado em 1759. O ritmo interiorano da comunidade se mistura ao vai e vem de turistas. Uma das principais normas é reforçada a todo momento por meio de placas:  respeite os moradores, não transite no povoado com roupas de banho. Achei justo. Para atender o volume de visitantes, há vários restaurantes, bares, áreas de camping e locais para hospedagem. Outra regra básica é a proibição de banho entre 18h e 20h, porque sobrecarrega a vila. Não há fiscais, vai do bom senso de cada um.

 

Existem lá alguns guias como o Bruno, do Bambu Aventura, que tem área de camping, equipamentos para rapel, barcos e todo aparato necessário para os passeios. Nos feriados, ele faz uma programação para todo o período, abrangendo os principais pontos turísticos da região, e essa programação fica afixada nos bares da cidade. Nesses mesmos locais você pode adquirir um mapa da região por R$9 que traz informações sobre as cachoeiras e passeios. Somente quando vi o mapa me dei conta da variedade de passeios que tem para se fazer por ali. Com todos os níveis de dificuldade, alguns levam horas, outros duram dias! Um exemplo é a travessia de Lapinha da Serra à Cachoeira de Tabuleiro, com duração de dois a três dias. Tem também um passeio de barco que leva o visitante às pinturas rupestres, caminhada até a cachoeira Bicame, cachoreira do Lageado, entre outros. Os passeios com guia custam, em média, R$60.

 

Na oportunidade, subi o Pico da Lapinha, que são 6 horas de caminhada (ida e volta), grau de dificuldade moderado. Trata-se do segundo pico mais alto da região, com 1686 metros de altura. Nele, o aventureiro encontra caminhos rochosos, campos abertos do cerrado rupestre – vegetação típica da região –, barrancos, subidas íngremes e uma vista maravilhosa da represa embrenhando entre as montanhas. Quem sobe esse pico tem que estar disposto a sujar o tênis e a roupa e saber que precisa do apoio das mãos em vários trechos. O caminho é sinalizado com placas, e os próprios visitantes fazem montinhos com pedras ao longo de todo percurso indicando que você está no caminho certo. O grau de dificuldade da caminhada exige que a gente ande olhando para o chão o tempo todo. Por esse motivo, é importante parar por alguns minutos para olhar ao redor e contemplar a vista, que muda muito rapidamente.

 

Os últimos metros são muito difíceis de passar, com barrancos e penhascos. Me contentei com a vista de mais ou menos 1676 metros de altura, que é uma visão libertadora: montanhas por toda parte – até onde a vista alcança – rasgadas pela represa e com “apliques” de povoados aqui e ali. Depois da sensação única e indescritível de estar lá em cima, ainda é preciso ter pernas para fazer o caminho inverso. No fim desse trajeto você nem se importa em entrar na água gélida dos poços.

 

Quanto à gastronomia, um lugar aconchegante para jantar é a Confraria Paladino. Lá descobri algo importante sobre Lapinha da Serra. A informação estava escrita no cardápio, ilustrada com o desenho de uma lesma, e dizia “Slow Food”. A mensagem é, se você veio para desacelerar achou o lugar certo: o ritmo do povoado é outro e, aqui, a comida demora para ser servida. Aproveite! Uma ironia ao nosso estilo de vida, um exercício de paciência e resistência para quem está acostumado com o Fast Food. A casa também serve chás maravilhosos e, de brinde, a companhia do Biscoito, um cachorrinho muito simpático, que fica quietinho do seu lado na esperança de um agradinho. Outra opção de jantar sensacional para os visitantes é o cardápio de massas do Camping das Bromélias, que não restringe as refeições do restaurante apenas para quem se hospeda lá. Capeletti, canelone, massas caseiras, boa apresentação e sabor único.

 

Superei as minhas expectativas e voltei muito contente com as lembranças que trouxe desse lugar. Descobri o gosto por caminhada longa e lugar alto. Vale a pena incluir Lapinha da Serra no roteiro de viagem!

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Veneza: uma experiência de inspiração, gastronomia e cores

* Por Caroline Paiva

Desembarcar em Veneza foi uma surpresa depois de alguns dias de viagem pela Europa. O aeroporto Marco Polo é bem pequeno em comparação ao volume de turistas que transita pela região ao longo do ano. A infraestrutura deixa um pouco a desejar e é praticamente impossível se comunicar com os atendentes, a não ser que você fale italiano fluentemente. Optamos por chegar à Veneza por um dos barcos da companhia Alilaguna, responsável pelo transporte até estações ao redor da ilha. A viagem dura em torno de 1h e não tem muitos atrativos para quem desembarca à noite.

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Ponte de San Marco – Veneza

Andar por Veneza é uma experiência à parte. A cidade é totalmente organizada em torno dos canais, por isso, não há outro meio de transporte a não ser os barcos e a disposição de andar a pé. Alguns ainda se aventuram de bicicleta, o que não é muito fácil em becos estreitos com calçamento de pedra. A primeira impressão é de um local diferente de tudo o que você já viu: com baixa iluminação nas ruas e um ritmo completamente diferente do restante do mundo.

Entre os canais, sempre uma nova surpresa

Quando a manhã surge, é incrível ver como os canais e vielas da cidade parecem pulsar com vida própria. Da gastronomia à arte em murano, do artesanato em couro às lojas de luxo, das máscaras venezianas aos figurinos de teatro. É possível encontrar diversas lembranças da cidade para todos os gostos e bolsos. Muitas celebridades internacionais mantêm casas em Veneza para poder fazer compras nas suas lojas de grife preferidas com exclusividade e tranquilidade, já que o índice de criminalidade no local é baixíssimo.

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Máscaras de Veneza

Encontrar os pontos turísticos pode ser um pouco difícil, pois os pequenos canais se parecem muito e não são bem sinalizados. Porém, se perder em Veneza é sempre descobrir um novo restaurante ou um pequeno bistrô com delícias a se experimentar. A gastronomia em Veneza honra a fama italiana de pratos generosos e deliciosos a um preço justo. Não ouse ter pressa para comer. Os venezianos saboreiam cada aroma e sabor das garfadas.

Os tradicionais passeios de gôndola são uma atração obrigatória para todo turista que passa por lá. O valor é tabelado e regulado pela prefeitura local. Quando fui, pagamos 90 euros por casal para uma volta de 30 minutos. Recomendo conversar com o gondoleiro antes de embarcar e identificar o seu perfil. Há vários que arranham o português. Alguns preferem atender mulheres solteiras e outros, apenas casais. O importante é encontrar algum que faça a sua experiência inesquecível.

Veneza é muito mais do que as suas famosas máscaras ou os canais repletos de gôndolas. A ilha oferece diversos pontos turísticos e tem boas opções para quem busca uma experiência rica em sabores e cheia de romantismo histórico. A cada novo dia, as cores das águas mudam e a cidade se reflete com uma nova aura. Nada do que você puder ler é comparável com a experiência de se estar lá. Ao visitar a Itália, não perca a oportunidade de conhecer a ilha fadada ao alagamento. Mesmo tendo um curso de permanência superior a outros famosos destinos turísticos no país, a hospedagem vale cada momento de inspiração e fascinação proporcionado pelas vielas e canais.

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