*Por Caroline Paiva
Unificar as vozes da comunicação nunca foi tão importante quanto agora. Em ano de crise econômica, as empresas estão revendo seus investimentos em comunicação, por isso é essencial que todos os fornecedores falem a mesma língua para evitar ruídos no processo e até mesmo o encerramento de contratos.
A comunicação integrada é a união dos trabalhos de jornalistas, relações públicas e publicitários. Cada um desses profissionais tem uma tarefa clara no processo de relacionamento com o cliente. O jornalista é responsável pela formatação de conteúdo para assessoria de imprensa, redes sociais e veículos jornalísticos institucionais. O relações públicas administra as ações ligadas à reputação da empresa frente aos seus vários públicos. O publicitário, por fim, gerencia as ações de divulgação do negócio em veículos publicitários.
A união de todas essas atividades é responsável por gerar a imagem da corporação. Por isso qualquer erro de posicionamento pode causar um impacto negativo e em cadeia na organização. Lembre-se, por exemplo, da recente polêmica da Arezzo, que se viu envolvida em um escândalo nas redes sociais porque uma consumidora comprou um sapato cuja sola descolou e revelou o nome de outra marca. O erro no processo produtivo foi parar nas redes sociais e gerou uma crise de relações públicas que motivou a um reposicionamento das ações de assessoria de imprensa e publicidade da empresa.
O desalinhamento da comunicação também pode acontecer com pequenas e médias empresas que pulverizam seus investimentos em diversas agências ou contam com pequenas equipes internas. Falar a mesma linguagem e reunir os profissionais pelo menos mensalmente para definir as próximas ações são essenciais para garantir que todos estejam engajados em comunicar a mesma mensagem, adaptada ao seu meio de trabalho. É papel do marketing cuidar para que todos os envolvidos no processo de comunicação propaguem a mesma mensagem em diferentes vozes.